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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Menino de 9 anos atingido por raio respira por aparelhos e estado de saúde é grave

Os estudantes Daniel Vinícius Marzola Nunes e Igor da Cunha Zavanellik, de 9 e 11 anos, respectivamente, permanecem internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Materno Infantil. Os dois foram atingidos por um raio que caiu em um campo de futebol na Vila Hípica Paulista, zona sul da cidade, durante o temporal que castigou Marília na tarde de quinta-feira (21).
De acordo com o último boletim médico, divulgado no final da tarde de ontem pela instituição, ambos estão em estado grave, porém estável. O quadro clínico de Daniel é mais delicado. Ele está sedado e respira com ajuda de aparelhos.
Já Igor “está sob cuidados intensivos, responde de forma satisfatória ao tratamento médico e apresenta melhora das funções neurológica e respiratória. Encontra-se sem medicações sedativas e respira sem ajuda de aparelho”, diz trecho da nota, assinada pelo diretor técnico do hospital, Antônio Carlos Ribeiro, e pela coordenadora da UTI Pediátrica, Fernanda Maíra Augusto. Pela manhã, ele também estava sedado e tinha auxílio mecânico para respirar.
Outra preocupação dos médicos e das famílias das crianças, no entanto, é saber se elas se ficarão com sequelas, porém ainda é cedo para saber. Em casos parecidos com o ocorrido, é comum o sobrevivente sofrer com alguns lapsos de memória, redução da capacidade de concentração, distúrbio do sono, problemas motores e até, em casos mais graves, insuficiência cardíaca.
Considerado uma das manifestações mais violentas da natureza, o raio pode produzir, em poucos segundos, uma carga de energia térmica de 25 mil graus centígrados. Apenas para efeito comparativo, a água ferve a 100 ºC.
Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, órgão do Ministério da Integração Nacional, a chance de uma pessoa ser atingida por um raio é remota: um para 1 milhão. Ainda de acordo com o órgão federal, entre 20% e 30% das pessoas atingidas por uma descarga elétrica morrem. No Brasil, nas últimas duas décadas, cerca de cem pessoas morreram por ano devido a raios.

O CASO
Por volta das 16h de anteontem, cerca de 20 garotos que integram uma escolinha de futebol treinavam no campo, localizado na rua Anita Garibaldi, ao lado do complexo de Trânsito, quando o professor Ronaldo Baiano resolveu encerrar as atividades temendo a chegada da chuva.
“Estávamos todos deixando o campo. Algumas crianças já estavam perto do portão quando o raio caiu. Foi um barulho muito alto, ensurdecedor mesmo. Os dois estavam próximo da grande área e caíram na hora”, relatou o treinador, que correu em direção aos meninos e percebeu que ambos estavam desacordados.
Ronaldo e outras testemunhas perceberam que as crianças não tinham batimentos cardíacos e tentaram reanimá-las, sem sucesso. Os garotos então foram carregados até o Pronto-Atendimento da zona sul, que fica ao lado. Lá, foram ressuscitados pelos médicos e em seguida transferidos para o Hospital Materno-Infantil.
Fonte: Diário de Marília 23/02

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