O Corpo de Bombeiros ainda não sabe dizer a causa do incêndio na Copynet, ocorrido na tarde de ontem. O laudo que deve apontar a causa do sinistro deve ficar pronto dentro de até dez dias, quando se conhecerá como o incêndio teve início. Ao falar sobre a atuação da corporação no combate às chamas, o comandante Leocádio de Menezes disse que foram adotados todos os procedimentos cabíveis para a ocasião. Ele afirmou que o caminhão dos Bombeiros chegou ao local com cinco mil litros de água para dar início ao trabalho de contenção das chamas. Leocádio agradeceu aos populares que estavam no local e ajudaram a debelar o fogo. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, sem a ajuda dos voluntários e dos bombeiros que estavam de folga, teria sido muito mais difícil apagar o fogo, que destruiu a Copynet e se alastrou pelas lojas vizinhas.
O incêndio de grandes proporções provavelmente foi iniciado por um curto circuito na empresa de fotocópias Copynet. O fogo atingiu a vizinhança destruindo tudo e causando pânico em quem mora nas imediações. De acordo com as informações de Jesus Lira, proprietário da Copynet que foi completamente destruída pelas chamas, o incêndio começou por volta das 13h30 minutos deste sábado, depois de ele ter desligado todos os equipamentos e fechado a loja para o feriado de Carnaval. Ele suspeita que tenha havido um curto circuito na rede elétrica do seu estabelecimento, o que teria resultado no incêndio. Como se tratava de uma empresa que trabalha com bastante papel, o fogo encontrou terreno fértil para se espalhar com rapidez e atingir os prédios vizinhos, que ficaram bastante prejudicados.
Duas lojas que ficam já na avenida Ville Roy – a Sukatinha (na esquina) e a Sapeka – também tiveram parte do seu prédio atingida pelo fogo. Vizinhos que moram há alguns metros do local do incêndio temiam que as chamas se alastrassem e chegassem até as suas residências. Prédios vizinhos, como a Pastelaria Confiança, foram isolados por medida de segurança. Bombeiros e policiais militares impediam o acesso de populares às imediações do incêndio também para garantir a segurança de todos, pois o prédio da Copynet ameaçava desabar.
Quem assistiu à chegada do Corpo de Bombeiros, disse que ele chegou 45 minutos depois do início do incêndio e com água em quantidade insuficiente para debelar as chamas. Mesmo assim, empresas de construção civil providenciaram caminhões-tanque que ajudaram os bombeiros a controlar as chamas. Depois de debelado o incêndio, os homens dos bombeiros fizeram o resfriamento dos materiais e máquinas queimadas para evitar que houvesse novas chances do fogo se alastrar novamente.
O dado positivo da ocorrência é que ninguém saiu ferido. Foram apenas dados materiais, que poderia ter sido pior, caso os proprietários das lojas ao lado não tivessem decidido esvaziar os prédios, retirando todo os materiais e produtos que pudessem ser consumidos pelo fogo e mesmo alimentá-lo. Houve casos de pessoas que foram até sua casa em busca de extintor de incêndio para ajudar a debelar as chamas. Por outro lado, uma multidão de curiosos se concentrou no local, dificultando um pouco a ação dos bombeiros. Até o final da tarde de ontem, a causa do incêndio era desconhecida. Os bombeiros afirmavam que só poderiam se pronunciar depois de feita a perícia no local.
As pessoas diretamente atingidas pelo incêndio enaltecem a coragem dos bombeiros, que fizeram o possível para apagar o incêndio, mas criticam o que afirmam ser a falta de condições de trabalho da corporação, que teve de tomar materiais emprestados de populares para conter as chamas. Diante da pouca quantidade de água levada no primeiro caminhão da corporação, empresas de construção civil que mantém contrato com a Companhia de Água e Esgoto de Roraima (CAER) enviaram caminhões tanque, que foram fundamentais para o controle das chamas. Pelo menos seis caminhões-tanque, a contar com o da própria CAER, foram enviados ao local do incêndio o que possibilitou o apagamento do fogo, mas apenas depois que a Copynet já estava completamente destruída, assim como o prédio vizinho.
A informação sobre o incêndio se propagou rapidamente pelas redes sociais. Populares que passavam pelo local postavam informações desencontradas e fotos no Facebook a cada minuto. No começo da divulgação pela rede social, muitos não acreditavam que se tratasse de uma informação verídica, mas logo começaram a ser postadas fotos do local, o que atraiu a atenção da imprensa e de muitos curiosos. Um grupo de jornalistas e policiais que fazem uso do aplicativo para Smartphone WhatsApp trocavam informações sobre o incêndio, o que ajudou também a imprensa a apurar informações corretas sobre o acontecido.
Fonte: Macuxi.com 10/02
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