Manaus – Por volta de 14h desta quarta-feira (2), um incêndio atingiu o complexo de mídia da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), localizada na Rua Waldomiro Lustoza, 350, Japiim II, zona sul de Manaus. Uma testemunha, que não quis se identificar, disse que houve tumulto no momento do incêndio e estavam 60 pessoas no prédio, mas ninguém se feriu. Três salas, onde funcionava o projeto Centro de Mídias, foram completamente destruídas.
O capitão Batista, do Corpo de Bombeiros, explicou que o tempo de ação de combate ao incêndio durou aproximadamente 9 minutos, desde a chegada da viatura até o controle das chamas. Segundo o capitão, foram usados 2 mil litros de água.
O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares Silva, informou que o fogo começou com um curto circuito no sistema elétrico de uma das salas de mídia e atingiu mais dois compartimentos. No entanto, ele afirma que as causas do incêndio só serão confirmadas, após laudo da perícia criminal da Polícia Civil. “Tudo foi perdido, como câmeras, mesas, computadores e materiais de escritório utilizados durante a produção das aulas. Todos os equipamentos pertencem a uma empresa terceirizada, que presta serviços para a Seduc”, explicou o secretário.
O projeto Centro de Mídias é realizado desde 2007 e transmite videoaulas para as séries de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. No prédio, funcionam sete estúdios de mídias. Aproximadamente, 60 pessoas trabalhavam no local, entre professores, técnicos e demais funcionários, mas todos foram liberados.
“Impossível calcular as perdas. Esperamos que o prédio volte a funcionar entre 40 e 45 dias. Por enquanto, os 35 mil alunos de aproximadamente 2 mil comunidades rurais ficarão sem aulas”, ressaltou Rossieli.
O secretário explicou que será alugado um espaço para que seja instalado, provisoriamente, uma base para a produção das aulas, a fim de que os alunos não sejam tão prejudicados.
O técnico de informática Mailson Barros, 27, contou que o fogo iniciou com um curto circuito no interruptor do ar-condicionado da sala de onde estava e se propagou rapidamente. "Eu corri pra pegar um extintor, mas quando voltei as chamas já tinham se alastrado pela sala, porque tinha muitos equipamentos eletrônicos e um produto inflamável, 'Sonex' (espécie de esponja usada para isolamentos acústicos)", relatou. Como ele não conseguiu apagar, o funcionário avisou nas outras salas para evacuar o prédio. Segundo Barros, nessa sala, tinha um equipamento de comunicação, chamado de 'tricast' (ilha de edição e mesa de corte), que custa de R$3 a 5 millhões. Ele acredita que o prejuízo chega a R$ 10 milhões.
A Polícia Civil realizou perícia no local e o resultado do laudo será divulgado em 30 dias, sendo prorrogado por mais 30 dias. O caso será registrado no 7º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Fonte: D24AM 02/04
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