Junior Souza, de 25 anos, foi internado dia 20 de dezembro de 2013, se recupera em casa
Alta Floresta/MT – O jovem Junior Souza Santos, 25 anos, que ainda em dezembro passado, quando consertava a luminária no pátio da empresa onde trabalhava, sofreu forte descarga elétrica, tendo queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau pelo corpo, teve alta do hospital após mais de três meses internado. Mesmo sem o dedo polegar da mão esquerda qual perdeu os movimentos e ainda com grande ferimento na cabeça, o eletricista está em casa, com a família..e comera “a vida. Não tem coisa melhor que a vida”.
Junior quando sofreu o acidente de trabalho ficou cinco dias internado no Hospital Regional de Alta Floresta e depois foi removido para o Pronto Socorro na capital do estado. A recuperação foi lenta. Passou por cirurgias e um drama que poucos suportaria segundo ele. “Não foi fácil, mas estou aqui”, resumiu o jovem.
O dia 20 de dezembro de 2013 é uma data que ficou marcada na memória de muitos alta-florestenses, principalmente, funcionários da empresa do ramo hoteleiro, dos militares do corpo de bombeiros e polícia militar. Naquela ocasião, várias viaturas e muitos homens trabalhavam numa operação para resgatar o eletricista Junior. “Eu estava trabalhando naquela luminária desde as 8 horas da manhã. Fazia tudo correto. Sou eletricista e tenho boa experiência em baixa e alta tensão” ,argumentou ele, sem querer achar culpados para o ocorrido. “Acredito que foi uma fatalidade”, analisa.
Além da perda do dedo e movimento das mãos, o braço esquerdo do jovem também ficou com sérias seqüelas do choque elétrico. E antes de sair do hospital em Cuiabá, recebeu recomendações para não ficar saindo muito de casa. “Muitas limitações, nada de passeio, de ficar dando volta. Esperar a recuperação, que é um processo demorado”, informou Junior.
Casado com uma técnica de enfermagem com quem tem dois filhos (4 e 2 anos) o eletricista diz que estar ao lado da família novamente está ajudando especialmente a resgatar a auto-estima. “é bom demais estar com eles, a família é base de tudo. No hospital, parecia ficar ansioso demais, fechado.... Mas agora está muito melhor”, comemora o trabalhador
Eva, a esposa, conheceu Junior em 2007, quando ele tinha sofrido outro acidente, de motocicleta e ficou internado em coma alguns dias. Depois da amizade, veio o sentimento e o relacionamento que uniu os dois e formou a família. “Quando a conheci foi momento muito difícil, mas tenho essa ótima lembrança.”, diz o trabalhador que já foi chamado de sete vidas, fato que ele até considera uma brincadeira, mas questiona. “Já me chamaram sim – de sete vidas -, mas não queria passar de novo por esse sofrimento”, finalizou.
Por Arão Leite
Fonte: jcidade 05/04
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