Um homem de 39 anos morreu eletrocutado no Setor Nova Vila, emGoiânia, na tarde de terça-feira (4). Ele estava na casa em que morava com a família e tocou no varal de roupas, feito de arame de aço, quando recebeu uma descarga elétrica. O fio estava amarrado à janela do vizinho, que, segundo a polícia, usava uma espécie de armadilha energizada para evitar roubos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a casa é alugada e a vítima morava no local há sete anos. No momento em que recebeu o choque, o homem estava com os pés descalços e o chão estava molhado. Ele não resistiu e morreu na hora.
A dona da casa, que mora nos fundos do imóvel, mas não quis se identificar, contou que tentou socorrer a vítima. “Eu vi o momento em que ele me chamou e estava preso ao fio. Eu corri para tentar desligar o relógio, mas não consegui. Quando voltei, ele já estava caído. Ontem mesmo [segunda-feira] eu coloquei tapete nesse varal. Então, já podia ter acontecido conosco”, afirmou.
Técnicos da Companhia de Energética de Goiás (Celg) foram chamados e encontraram dentro do brechó a fonte de energia que eletrificou a janela. Eram fios descascados, ligados a uma tomada. “Estava dando choque, realmente energizado”, explicou o eletricista Ivan Gomes da Silva.Após a constatação da morte, a Polícia Civil foi acionada e enviou a perícia técnica ao local. Durante a vistoria, os agentes constataram que o varal estava amarrado à janela do vizinho, onde funciona um brechó. Como o local estava fechado, um chaveiro foi ao local e abriu o comércio.
O perito criminal Alisson Santos de Castro diz que a ligação se tratava de um sistema antifurto improvisado. “Essa extremidade do fio estava conectada em uma estrutura metálica que recobria a janela. Como ela também é de metal, isso fez com que tudo ficasse eletrificado”, disse.
O ponto comercial foi alugado para um senhor de 70 anos, que não foi localizado pelos bombeiros. A dona do local, que também não quis se identificar, contou que o brechó já foi assaltado duas vezes. “Já entraram no local antes”, disse.
Agora, o dono do comércio é procurado pela polícia e pode responder pela morte. “Seria um sistema bem precário para evitar furtos. Isso não é recomendável de maneira alguma”, orienta o perito criminal.
Fonte; G1 Goiás 05/03
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