Catador de recicláveis invade imóvel e tem corpo queimado

Catador de materiais recicláveis Francisco de Assis Ferreira, 50 anos, teve 50% do corpo queimado após sofrer choque elétrico no prédio que brigava o supermercado Bretas, na esquina da avenida Leopoldino de Oliveira com rua Jaime Bilharinho. O pé e mão direitos foram carbonizados pelo choque. A gerência do Bretas informou que vem mantendo o imóvel trancado, mas que o mesmo vem sendo invadido e danificado.
Os bombeiros militares receberam chamada às 3h20 de ontem no prédio onde funcionou supermercado Bretas. No local, se depararam com o catador de material reciclável Francisco de Assis caído ao solo. Conforme os bombeiros militares, a vítima “apresentava queimaduras por choque elétrico (4º grau), que atingiu o tecido epitelial do lado direito do corpo e sinais de carbonização na mão e pé direitos, além de queimaduras cutâneas no braço direito, tronco, abdômen, pelve, períneo e pernas”. Ele foi colocado na unidade de resgate, teve a roupa retirada de seu corpo e coberto com manta térmica de alumínio. Os bombeiros usaram soro fisiológico para lavar e diminuir a temperatura corporal das áreas queimadas. A vítima chegou a dizer aos bombeiros militares que “encostou na fiação elétrica do imóvel”.
Inicialmente, o catador de recicláveis foi encaminhado à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do São Benedito, mas em seguida, conforme apurou a reportagem do Jornal da Manhã, foi transferido ao pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM devido ao fato de seu estado clínico ser considerado grave, pois apresentava cerca de 50% do corpo queimado. Conforme uma fonte no Hospital de Clínicas da UFTM, o catador de reciclável corria risco de morte e que possivelmente passaria por cirurgia para amputar os membros que foram carbonizados pela corrente elétrica.
No início da noite de ontem a reportagem falou com a assessoria da gerência do Bretas em Uberaba. Segundo a empresa, o local vem sendo mantido trancado, mas acabam quebrando o cadeado, invadindo o prédio e provocando danos em toda a estrutura.
Fonte: JM Online 08/01