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sábado, 9 de março de 2013

Polonesa grávida morreu eletrocutada a 50 m de hotel durante chuva no Rio

Uma das vítimas da forte chuva que atingiu o Rio de Janeiro é a polonesa Magdalena Teresa Rosa, de 32 anos. Na tarde desta quarta-feira (6), um dia após o temporal, o marido, o engenheiro Rubens Kuhn, foi ao Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo. De acordo com parentes, Magdalena estava grávida de um mês e meio e morreu após pisar em um fio desencapado na Rua Bento Lisboa, no Catete, na Zona Sul. O acidente aconteceu a 50 metros do Hotel Scorial, onde ela estava hospedada há duas semanas.
Abalado, Rubens disse que pretendia fixar moradia no Rio de Janeiro, e inclusive estava procurando apartamentos na cidade para morar com a esposa. Magdalena trabalhava como designer de moda e tinha documentação brasileira.
"Estava chovendo muito, ela se desequilibrou e se apoiou não sei se numa banca de jornal ou num quiosque, quando pisou no fio desencapado, e morreu eletrocutada", conta Milton, tio de Rubens Kuhn. Segundo familiares, a polonesa foi socorrida por bombeiros e levada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. A família europeia já foi comunicada da morte e o corpo deverá ser cremado na sexta-feira (8).

Outras vítimas
"Minha mãe foi vítima da tragédia que é viver no Rio de Janeiro", desabafou Tatiana Neves, de 25 anos, filha da vendedora de doces Raimunda Neves da Silva, de 58, morta eletrocutada na Rua do Catete, no Catete, na Zona Sul do Rio, durante o temporal que atingiu a cidade na noite de terça-feira (5). Pelo menos quatro pessoas morreram e um jovem está desaparecido, segundo a Defesa Civil.
Raimunda foi levada pela Guarda Municipal para o hospital. De acordo com o atestado de óbito, a comerciante sofreu "eletropressão, hemorragia e edema pulmonar". Tatiana contou que a mãe que vendia doces perto da 9ª DP (catete), desde 2010. Ela era ambulante cadastrada e vendia doces desde 2002.Tatiana diz que vai processar o Estado e a Light pela morte da mãe. Segundo ela, os bombeiros foram acionados para prestar socorro, mas o carro teria quebrado e não conseguido realizar o atendimento. O G1entrou em contato com a corporação, mas até a última atualização desta reportagem não havia tido resposta. A Light lamentou o ocorrido e informou que a ocorrência não foi em um equipamento elétrico da companhia.
Maranhense, morando no Rio desde a década de 80, ela passou a vender doces após a morte do marido. Tatiana contou que tinha ido pegar o filho na escola quando foi surpreendida pelo temporal. Ela se abrigou nas Lojas Americanas, quando recebeu um telefone de uma amiga dizendo que a mãe tinha sofrido um choque e estava muito mal.
"Corri até os bombeiros na Praça São Salvador. Eles disseram que mandaram socorro, mas que o carro tinha quebrado no meio do caminho. Fui correndo, com água pelo joelho, até a banca e encontrei minha mãe roxa, sentada numa cadeira dentro da banca de jornais. Quatro rapazes com botas de borracha conseguiram tirá-la da água e a Guarda Municipal levou ela pra o hospital, mas ela não resistiu", contou Tatiana.
Segundo ela, o socorro levou pelo menos 50 minutos. Ela acredita que a mãe poderia estar viva se os bombeiros tivessem chegado ao local. A jovem soube que Raimunda estava abrigada numa banca de jornais e tentou impedir que a carrocinha de doces fosse levada pela chuvas. Ao tocar na alça metálica da carrocinha, ela levou um choque e caiu na água, na calçada.
"Quando cheguei, as pessoas gritavam para eu não me aproximar da banca, que a região ali estava dando choque. Todo mundo levava choque quando pisava na calçada", contou
Agora, a família vai enfrentar um outro drama. Segundo Tatiana, todos da família trabalhavam para pagar aluguel e as contas. Ela não sabe como vai fazer para providenciar o enterro
Fonte: G1 Rio de Janeiro 06/03
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