Um curto-circuito no fraldário do Praia Clube, em Uberlândia , deixou um engenheiro civil de 34 anos e filho dele, de um ano e meio, feridos na tarde deste domingo (17). Os dois tiveram queimaduras de segundo grau no corpo. Eric de Melo Sousa afirmou que também levou um choque, mas que conseguiu tirar o filho da banheira, que é metálica, antes que o choque pudesse causar ferimentos mais graves. A assessoria de imprensa do clube explicou que a fiação elétrica onde ocorreu o curto-circuito não é a mesma da banheira onde estavam pai e filho e descartam o choque. A direção do clube prestou todo atendimento aos associados, segundo a assessoria.
O engenheiro civil afirmou que estava dando banho no filho quando ocorreu o curto-circuito na parte elétrica em cima de onde ele estava. “Quando deu o curto na parte de iluminação queimou a lâmpadas e derreteu o forro de PVC que espirrou na gente. Eu senti choque, minha boca ficou dormente. Creio que tenha dado uma descarga no chuveirinho também. Tirei rapidinho e não atingiu mais forte nenhum de nós dois”, lembrou.
Depois do fato e de ter ficado bem, o engenheiro civil avaliou que poderia ter ocorrido algo mais grave. “Depois que tudo passa que a gente pensa. A bacia é metálica, o chuveiro é elétrico e poderia ser com energia solar. Mas não teve nada mais sério. Tive tempo de puxar meu filho do banheiro. Dez segundos a mais poderia ter matado meu filho. Mas o clube deu toda assessoria, fomos na ambulância dele, um dos diretores me ligou e disse que está à disposição”, afirmou.Com queimaduras de segundo grau, os dois receberam os primeiros socorros ainda no clube. Em seguida, foram levados para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Tibery. “O médico avaliou que não tinha nada mais sério e nos liberou. Em seguida fiz um Boletim de Ocorrência para me resguardar”, afirmou.
VistoriaProjeto elétrico
Eric afirmou que fez um relatório e vai solicitar ao clube a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do projeto elétrico do clube. No entanto, descartou processar o clube. “Fiz um relatório e vou solicitar as adequações e o ART pra saber se tem isso com um engenheiro responsável. Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) tem que ser uma pessoa habilitada e recolher a taxa preenchendo ART. É lei, mas quase ninguém faz. Mas, no momento, não vou processar o clube, vamos apenas entrar com uma reclamação”, explicou.
Segundo a assessoria de imprensa do Praia Clube, uma vistoria foi feita onde ocorreu o acidente, na manhã desta segunda-feira (18). “Descobriram que tem uma calha no local. Ela foi desviada por conta do vento e chuva que levou água para o reator da lâmpada e ocasionou um curto. Isso derreteu o pedaço do forro e caiu na hora que eles estavam tomando banho”, explicou a gerente de comunicação e marketing, Rosângela Borges Faustino.
A gerente afirmou ainda que o clube tem equipamento de proteção e uma equipe que dá apoio em casos de acidente. “Quando gera curto, desativa a lâmpada e não passa para outras fiações, o que poderia continuar a causar problemas. Por isso, gerou o pequeno curto e tinha duas pessoas ali embaixo. O clube tem equipe para proteger o associado. Quem socorreu foi o coordenador de guarda-vidas, depois foi acionado o posto de saúde do Praia que atendeu os associados”.
Segundo Rosângela, não existe a possibilidade deles terem tomado choque dentro da banheira. “A fiação de cima não é a mesma da banheira onde eles estavam. Logo, ele não tomou choque, foi mais um susto mesmo, pois não tem como passar uma corrente por ali. Foi um acidente e a gente lamenta o fato. Não esperamos que ocorra isto com nossos sócios”, concluiu.
Fonte: G1 Triângulo Mineiro - 18/03
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