Manacapuru - Um curto circuito na rede de alta tensão que gera energia para o beneficiamento e armazenamento de fibras de juta e malva pode ter sido a causa do incêndio que destruiu na madrugada desta segunda-feira o galpão da Comapem (Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru), localizada na rua Getúlio Vargas, bairro de São Francisco, em Manacapuru (município a 68 quilômetros de Manaus).
Segundo o vigia do local, Silas Freitas Barbosa, o fogo se alastrou rapidamente. O curto-circuito pode ter sido causado por um forte vendaval que atingiu a cidade na noite deste domingo.
“Foi tudo muito rápido. Quando eu ouvi o barulho tipo um estouro. Logo o fogo já apareceu dentro do galpão, na parte lá de cima perto do telhado, antes mesmo do bombeiro chegar, as chamas já estavam espalhadas por uma grande área do galpão. Teve como fazer nada não”, relatou.
O vigia da fábrica da Amazonjuta, beneficiadora de fibras que fica localizada ao lado da Comapem, José Amaro Gomes, 73, que trabalhava durante a noite no local, enfartou e morreu ao dar entrada no hospital de Manacapuru.
Segundo uma filha da vítima, um homem ainda não identificado entrou na fábrica dizendo que iria pegar uma mangueira para ajudar a apagar o fogo e discutiu com o vigia, que já abalado pelo incêndio teve complicações cardíacas e morreu.
A Comapem tem cerca de 430 associados e é uma das maiores compradoras de fibras da região. Segundo a presidente da cooperativa, Eliana Medeiros, 700 toneladas de fibras estavam armazenadas no galpão. O prédio e a fibra armazenada não estavam no seguro.
“Estamos numa situação muito difícil. Não temos seguro e a maior parte dessa fibra nós ainda não pagamos nossos produtores, estávamos tentando vender o produto para a CONAB mais ainda não tínhamos conseguimos, e agora, além de perdermos toda a estrutura, pois o galpão está todo danificado a nossa produção já pronta para venda está queimando”, comentou.
Desde a madrugada 30 homens do Corpo de Bombeiros de Manacapuru, e reforço da capital trabalham para conter as chamas. Três viaturas, sendo duas delas de Manaus. Trabalham no rescaldo do que sobrou do galpão e fibras que ainda queimam.
Fonte: D24AM - 15/07
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