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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Incêndio destroi cinco casas na Sacramenta

Desespero, sofrimento e solidariedade foram as cenas mais marcantes num incêndio que destruiu cinco casas no final da manhã de segunda-feira (25), na passagem Santa Terezinha entre a avenida Pedro Álvares Cabral e o canal São Joaquim no bairro da Sacramenta. A suspeita é que um curto circuito tenha causado o incêndio.

Meia hora foi suficiente para o fogo destruir completamente três casas de madeira e parcialmente duas outras residências além dos fundos de uma igreja evangélica.
O medo de perder tudo fez com que os vizinhos e moradores dos becos e vilas se unissem para dar início ao combate ao incêndio que começou por volta das 11h. Eles utilizaram a água do canal e das valas que passam por debaixo das pontes para tentar apagar o fogo.
Nuvens negras de fumaça eram observadas a uma distância de cinco quilômetros. A alta temperatura da manhã, somada ao vento, contribuíram para a propagação das chamas, que se espalharam com velocidade, sem que ninguém soubesse dizer onde teriam começado.
A primeira viatura do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros chegou ao local após ser acionada por uma viatura da Polícia Militar. A cabo Edinéia Menezes percebendo a gravidade do incêndio, pelo rádio, pediu apoio e em seguida a segunda viatura do 1º Grupamento de Incêndio se juntou a duas carretas de 30 mil litros de água, que vieram da Cidade Nova sob o comando do subtenente Mauro.
Uma das mais desesperadas era a auxiliar de serviços gerais Maria das Dores que recebeu a notícia no trabalho, quando soube que a casa onde morava com oito pessoas estava em cinzas. “Quando eu cheguei vi esta cena de destruição e nada pude fazer” disse ela.

Vizinhança se mobilizou para combater o fogo

Cada segundo era importante para a mobilização de vizinhos e familiares. Munidos de baldes e mangueiras os “anônimos bombeiros” fizeram de tudo e se arriscaram sobre os tetos da casas de cobertura frágil, na tentativa de chegar mais perto do fogo para tentar apagá-lo com água.
Nas ruas vizinhas, como a passagem Santa Rosa, cujas casas incendiadas fazem fundos, o desespero era grande. Dezenas de pessoas retiravam às pressas, sobre as pontes quebradas e apodrecidas, tudo o que podiam levar. Crianças chorando se misturavam com adultos em desespero.
Uma senhora, no celular, falava chorando com o marido, contando que algo de mais grave poderia acontecer com todo o quarteirão se as chamas não fossem debeladas. “Eu estou com muito medo. Isto aqui está um inferno. Eu não sei o que fazer” dizia a desesperada mulher.

VOLUNTÁRIOS

O segurança Wilson Palheta se juntou aos voluntários. De posse de um balde, retirava água da vala que passava por debaixo da ponte da passagem Santa Terezinha, e resfriava as paredes das casas que ainda não tinham sido atingidas pelas chamas.
O major Benjor, oficial do Corpo de Bombeiros, disse que o difícil acesso ao local do sinistro e a proximidade das casas de madeira acabaram dificultando o trabalho. “O nosso maior problema, além da estrutura das casas, foi o acesso ao local. As ruas são estreitas e as viaturas não conseguiram chegar até o foco do incêndio mais rapidamente, sendo necessárias muitas mangueiras” informou o oficial.

Cinco viaturas de vários grupamentos de incêndios com 25 homens estiveram trabalhando no combate as chamas.
Duas viaturas da Rotam, uma da Samu e cinco da Polícia Militar sob o comando do major Celso estiveram dando apoio para evitar saques em ocorrências desta natureza.
Fonte:Diário do Pará

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