Mariana Pereira Silva, 16 anos, continua internada em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) após ser eletrocutada ao nadar no Lago Paranoá no último sábado (24/4).
Segundo o namorado da adolescente, Roberto Pedrosa, de 24 anos, desde o dia do incidente a jovem passou por radiografias e exames que constataram uma forte infecção. Mariana está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e tem 60% da respiração feita por aparelhos.
Incidente
O casal passava o dia no Bay Park Resort Hotel, no SHTN, Trecho 2 e, por volta das 11h30, a garota resolveu nadar no Lago Paranoá. Ao se apoiar em um dos corrimãos que dava acesso a uma embarcação da empresa Ecolivre, ela levou um choque e desmaiou.
A descarga elétrica foi suficiente para provocar três paradas cardíacas na adolescente. Uma médica que estava no local prestou os primeiros socorros e, depois, os bombeiros encaminharam a vítima ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Mais tarde, ela foi transferida para o HRAN, onde aguarda exames neurológicos.
Perícia
No mesmo dia em que ocorreu o incidente, a embarcação foi lacrada e apreendida pela Marinha. Segundo o delegado-chefe da 5ª Delegacia de Polícia (Setor Bancário), Laércio Rosseto, no sábado uma perícia prévia comprovou que o corrimão estava energizado. "Voltamos com uma perícia especializada na segunda (26/4) e parece que um do freezers da embarcação estava com problema na fiação elétrica, passando energia para todo o resto do barco", explicou o delegado.
O namorado de Mariana ficou desesperado ao ver a cena. "Chamei e ela não respondeu. Entrei na água, encostei nela e levei um choque. Depois a puxei de uma vez e ela caiu desmaiada sobre o meu ombro. Nadei, mas não tive forças para colocá-la sobre o deck. Então gritei por socorro", contou Pedrosa.
O dono do barco, identificado apenas como Admilson, disse ao namorado da vítima que não sabia o porquê do incidente, e afirmou que assumiria todas as responsabilidades. Admilson foi procurado pela reportagem do Corrreiobraziliense.com.br, mas não retornou as ligações.
O barco, que tem capacidade para 40 pessoas, conta com o registro da Marinha do Brasil, vistoria e autorização para trabalhar com turismo. A Marinha instaurou um inquérito administrativo e a Polícia Civil, um criminal. "Vamos apurar se houve responsabilidade penal a ser imputada ao proprietário da embarcação", disse o delegado. O laudo da perícia deve sair em 15 dias.
Fonte:Correio Braziliense
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