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quarta-feira, 12 de maio de 2010

É grave o estado de saúde de adolescente que levou choque no Lago Paranoá

Mariana Pereira Silva, 16 anos, continua internada em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) após ser eletrocutada ao nadar no Lago Paranoá no último sábado (24/4).
Segundo o namorado da adolescente, Roberto Pedrosa, de 24 anos, desde o dia do incidente a jovem passou por radiografias e exames que constataram uma forte infecção. Mariana está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e tem 60% da respiração feita por aparelhos.

Incidente
O casal passava o dia no Bay Park Resort Hotel, no SHTN, Trecho 2 e, por volta das 11h30, a garota resolveu nadar no Lago Paranoá. Ao se apoiar em um dos corrimãos que dava acesso a uma embarcação da empresa Ecolivre, ela levou um choque e desmaiou.
A descarga elétrica foi suficiente para provocar três paradas cardíacas na adolescente. Uma médica que estava no local prestou os primeiros socorros e, depois, os bombeiros encaminharam a vítima ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Mais tarde, ela foi transferida para o HRAN, onde aguarda exames neurológicos.

Perícia
No mesmo dia em que ocorreu o incidente, a embarcação foi lacrada e apreendida pela Marinha. Segundo o delegado-chefe da 5ª Delegacia de Polícia (Setor Bancário), Laércio Rosseto, no sábado uma perícia prévia comprovou que o corrimão estava energizado. "Voltamos com uma perícia especializada na segunda (26/4) e parece que um do freezers da embarcação estava com problema na fiação elétrica, passando energia para todo o resto do barco", explicou o delegado.

O namorado de Mariana ficou desesperado ao ver a cena. "Chamei e ela não respondeu. Entrei na água, encostei nela e levei um choque. Depois a puxei de uma vez e ela caiu desmaiada sobre o meu ombro. Nadei, mas não tive forças para colocá-la sobre o deck. Então gritei por socorro", contou Pedrosa.
O dono do barco, identificado apenas como Admilson, disse ao namorado da vítima que não sabia o porquê do incidente, e afirmou que assumiria todas as responsabilidades. Admilson foi procurado pela reportagem do Corrreiobraziliense.com.br, mas não retornou as ligações.
O barco, que tem capacidade para 40 pessoas, conta com o registro da Marinha do Brasil, vistoria e autorização para trabalhar com turismo. A Marinha instaurou um inquérito administrativo e a Polícia Civil, um criminal. "Vamos apurar se houve responsabilidade penal a ser imputada ao proprietário da embarcação", disse o delegado. O laudo da perícia deve sair em 15 dias.
Fonte:Correio Braziliense

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