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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O socorro viajou 60 km

A precariedade da estrutura do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Sul transformou uma escola em vítima.
Um incêndio, na noite de domingo(13/12), consumiu parte do prédio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Emílio Schenk, a maior escola municipal de Taquari, no Vale do Taquari.
As chamas, que destruíram 10 dependências da instituição, deixando 650 alunos sem aula ontem, revelam ainda uma situação de precariedade. Não foi a primeira vez que o município sofreu com a falta de um Corpo de Bombeiros na cidade.
O fogo, que se iniciou na sala dos professores, atingiu outras dependências da escola, entre elas a cozinha, o refeitório, a secretaria e uma sala de informática. Os estragos só não foram maiores porque moradores, funcionários da escola e voluntários de uma empresa do município – que tem um caminhão e funcionários treinados – se uniram para tentar controlar as chamas e resgatar parte dos materiais da instituição.
Enquanto isso, uma equipe do município de Montenegro percorria os cerca de 60 quilômetros, que separam o município de Taquari do Corpo de Bombeiros mais próximo. O fogo só foi apagado com a chegada dos bombeiros, cerca de 45 minutos depois que foram chamados. Para o prefeito do município, Ivo dos Santos Lautert, que estava no local no momento do incêndio e viu as chamas tomarem a escola, a situação é revoltante:
– Já encaminhamos o pedido ao governo do Estado diversas vezes. Até agora nosso pedido não foi aceito. O resultado está aí, novamente somos vítimas dessa precariedade.
O prejuízo com o incêndio é estimado pela prefeitura em cerca de R$ 500 mil. Para o diretor da escola, Cássio André Reis, o dia foi de tristeza e de repensar como retomar as aulas. Nos próximos dias, o ginásio da escola deve ser adaptado para receber os alunos.
– Como estamos no final do ano letivo, queremos voltar às aulas ainda essa semana – afirmou Reis.
A polícia realizou uma perícia no local durante a tarde de ontem, para investigar as causas do incêndio. Em março do ano passado, o Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja, a maior e mais antiga escola da cidade, também teve parte do prédio destruído. As chamas, que se iniciaram com um curto-circuito, tomaram todo o segundo pavimento, consumindo salas de aula e parte do arquivo da escola. Na edição de domingo, Zero Hora mostrou os problemas crônicos que estão debilitam o serviço do Corpo de Bombeiros no Estado.
Fonte:Zero Hora

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