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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Curto-circuito pode ter causado fogo em favela de SP

SÃO PAULO - Um curto-circuito teria sido a causa do incêndio que atingiu ontem(19/12) cerca de 90 barracos da Favela Beira-Rio, no Parque Jabaquara, na zona sul de São Paulo. As informações são do líder comunitário da favela, Natalino da Silva Braúna. "Viram o momento exato em que o fogo começou. Perto de um dos barracos um fio teria encostado no outro e começaram as faíscas. Como há muito papelão nas casas, o fogo se espalhou rapidamente", relatou. Ainda segundo o líder comunitário, 110 famílias seguem desabrigadas e, conforme a Defesa Civil, os moradores foram para casas de parentes, amigos ou vizinhos.
Participaram da operação para apagar o incêndio 73 homens em 23 veículos. Como o foco era de difícil acesso para os caminhões que levavam água, os bombeiros precisaram de um contingente maior e contaram também com a ajuda dos próprios moradores para conter as chamas. Segundo a corporação, só houve registro de uma pessoa ferida, um rapaz de 25 anos que acabou caindo de uma laje enquanto ajudava a apagar o fogo. Outros moradores passaram mal e, como a vítima da queda, foram levados ao pronto-socorro do Hospital Jabaquara.
"Não foi montado abrigo algum. Fizeram um cadastro das vítimas para efeito de distribuição de colchões, cobertores, leite e cestas básicas. Bastante coisa já chegou, mas estamos precisando de muito mais mantimento, além de fralda, roupas, sapatos etc", acrescentou Natalino. Segundo o Centro de Operações dos Bombeiros, o número total de barracos destruídos chegou a 60, ou seja, 30 a menos que total informado pelas famílias.
Ainda de acordo com o líder comunitário, após o trabalho de rescaldo feito pelos bombeiros, nenhum perito havia aparecido até a tarde de hoje no local. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil, mas, por se tratar de final de semana, nenhuma informação pôde ser fornecida pelos policiais de plantão da delegacia do Jabaquara (35º DP).
A Favela Beira-Rio, que hoje tem mais de 600 barracos, existe desde 1972 e faz parte de um conjunto de 14 favelas do chamado Complexo Alba. As favelas Alba e Rocinha são as duas maiores do complexo.
Fonte:Estadão

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