Pesquisar este blog

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Incêndio assusta funcionários da Sesap

Um princípio de incêndio na sala da central de ar-condicionado do quarto andar do prédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), na avenida Deodoro da Fonseca, assustou os funcionários e visitantes, na manhã de ontem (01/02). Pouco após as 10h, um curto-circuito provocou o fogo que atingiu algumas pastas com disquetes de computador que estavam guardadas na sala.


alex régis
Funcionários da Sesap se assustaram com a fumaça pelo prédioA ação de funcionários da própria Sesap impediu que o fogo se propagasse. Eles utilizaram extintores e conseguiram debelar o incêndio antes das chamas atingirem o corredor ao lado, onde estavam armazenadas pilhas de jornais antigos. “Vi as pessoas descendo apressadas as escadas e então subi para tentar ajudar”, explicou o vigilante Marcelo Marques.

Ele e outros servidores agiram rápido e quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, poucos minutos após ser acionado, às 10h22, não havia mais perigo. Ninguém ficou ferido, mas houve corre-corre nas escadas, pois uma das primeiras medidas tomadas foi o desligamento da rede elétrica, parando os elevadores.

“Felizmente ninguém ficou preso nos elevadores”, destacou o eletricista Ariano Gonçalves. Ele informou que os fios onde houve o curto-circuito são novos, foram trocados há aproximadamente três anos e teriam uma vida útil por volta de 10 anos. Ele cogita que uma das causas tenha sido a proximidade entre os fios, o que poderia ter gerado fagulhas quando a rede aqueceu. O sargento José Filgueira, do Corpo de Bombeiros, confirmou que a suspeita era de curto-circuito, mas lembrou que a causa só poderia ser esclarecida após a realização da perícia. No quarto andar do prédio ainda havia, uma hora depois, muito cheiro de fumaça e marcas do pó utilizado para apagar o fogo.

No saguão de entrada da Sesap, servidores criticavam as condições do prédio, antigo e com uma estrutura “insuficiente” para atender a demanda da rede elétrica. Os elevadores, quatro ao todo, sempre enfrentam problemas e têm de sair de funcionamento para passarem por reparos. É visível ainda a fiação exposta em alguns locais e a grande presença de material inflamável, como papéis.

Medo

Durante a tarde de ontem quem teve que entrar no prédio estava com receio. A situação do edifício está longe de ser primordial. Para se ter uma idéia do caos o edifício foi erguido pela construtora Guarantã S.A. Em 1970 (na placa de inauguração não consta o dia e o mês), porém, de lá para cá, o que se vê é um prédio em péssimas condições. Dos quatro elevadores apenas um está funcionando precariamente. Quem entra no elevador se assusta com o que vê. Ferrugens nas portas e um barulho que assusta. Parece que vai parar. O calor forte é amenizado por um ventilador que fica no teto – daqueles bem antigos. O funcionário que permanece no elevador trabalhando, quando questionado sobre as condições do equipamento respondeu: “Está meio capenga. Isso é verdade”.

Já um outro funcionário que faz a limpeza do prédio apontou vários problemas no edifício. Sobre o elevador, ele foi mais crítico: “Tem hora que pára tudo. As instalações são velhas e os fios estão expostos. O sistema aqui não funciona”, contou o homem que preferiu não se identificar.

E é o mesmo funcionário que lembrou a situação das vidraças do 12º andar. “Estão quebradas, mas é melhor não ir até lá porque o elevador pode parar com você dentro”, desabafou o homem que para ganhar o pão de cada dia precisa utilizar o equipamento para chegar até os andares mais altos.

Segundo um vigilante que trabalha no prédio e que pediu para não ser identificado disse que são 13 andares, destes o 1º e o 2º não estão funcionando. O 9º e o 11º também não estão funcionando devido o princípio de incêndio.

De acordo com o secretário responsável pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesad) Domício Arruda, o que ocorreu ontem foi mesmo apenas um curto-circuito resolvido pelos funcionários do órgão antes da presença do Corpo de Bombeiros. Arruda para evitar problemas posteriores solicitou ao CB uma vistoria completa no edifício.

“O que ocorreu prejudicou o expediente, mas é verdade que a situação do prédio é precária”. Sobre os elevadores, o secretário afirmou que sempre há problemas. “Esse prédio não é nosso. Pertence ao Ministério da Previdência, mas o governo ainda não sabe se vai ou não adquirir o edifício e reformá-lo”, disse o secretário de Saúde.
Fonte:Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário