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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Garoto encosta em postes e morre eletrocutado

Um menino de 12 anos morreu eletrocutado após encostar, por volta das 14h30 de ontem 11/02, em dois postes de metal, colocados na Rua João Pinheiro dos Santos, no Jardim São Camilo, bem perto da casa em que vivia. Walison Antonio Kerber tinha acabado de ajudar um vizinho, que trabalhava na reforma de uma casa, e mexia em um monte de areia, quando resolveu descansar.

Uma perna do garoto tocou em um dos postes (na cor amarela), e um braço, em outro (azul). De repente, Walison caiu inconsciente. Vizinhos acionaram a família e Kerber logo foi levado ao Pronto Atendimento (PA) do Bairro Ponte São João, mas já chegou ao local sem vida.

O cenário em que a vítima perdeu a vida apresenta uma série de ligações clandestinas de eletricidade, conhecidas popularmente por “gatos”. Suspeita-se que Walison levou uma descarga causada pela condução da energia entre os postes. O tio do garoto, o pintor Amaury Rodrigues da Costa, 33, explicou que várias pessoas já tinham reclamado de choques, ao tocarem os objetos.

Família abalada
“Já pedimos providências à CPFL. A última vez que isso ocorreu foi em dezembro de 2010. Infelizmente, desta vez, meu sobrinho morreu após levar um choque”, disse Amaury. Ainda de acordo com o tio, a família está muito abalada. “Minha irmã, mãe do menino, teve que tomar calmantes”.

Quem olha para o local em que Walison faleceu, vê inúmeros emaranhados de fios. Os postes estão situados quase em frente à Viela Newton de Oliveira, antiga Travessa 3. A alguns metros dali, um pequeno grupo de moradores fechou a Rua Angelo Rivelli, com sacos de lixo e pequenas caçambas onde estes são depositados antes de serem recolhidos. Foi uma forma de protesto pelo que ocorreu na Rua João Pinheiro dos Santos.

Escola hoje
O caso da morte do garoto foi registrado no 1º DP, na Rua Anchieta, no Centro. Um exame necroscópico foi pedido pela polícia. Quem esteve ontem no Distrito foi o pai do menino, Dorival José Kerber, acompanhado de um amigo da família e de um irmão. Visivelmente transtornado com a morte do filho, ele disse - chorando - que estava descansando quando soube do fato. “Eu até já tinha comprado o material escolar dele, para que hoje começasse a estudar”, encerrou Dorival.
Fonte:Jornal de Itupeva

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