O pintor Helder Silva, de 28 anos, tomou um choque após se enganar e pegar em um fio em vez de uma corda entre o segundo e o primeiro andar da lateral do prédio do Juízado Especial Cível e Criminal, que fica na avenida Duque de Caxias, bairro da Ribeira, zona Leste de Natal.
O acidente ocorreu no meio da tarde desta quinta-feira (22) e foi necessário a presença de quatro homens do corpo de bombeiros para a retirada do corpo do pintor, que respirava com intensidade. De acordo com o irmão da vítima, o operário estava de cinto em cima de um andaime mas quando pegou no fio, caiu desacordado. "Tomei um susto quando ele caiu de uma tábua para outra e ouvi o barulho da lata de tinta cair no chão", disse.
Segundo o enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Cláudio Freire, após a retirada do local, o pintor apresentava-se consciente, porem se salvou por pouco. "A sorte é que com o susto ele soltou o fio rapidamente, se demorasse um pouco mais a morte seria instantânea. Além disso, graças a corda que estava ele não foi parar no chão, o que seria uma queda de uma altura bem maior", explicou. A lateral do prédio em questão apresentava alguns fios soltos perto de janelas
O operário apresentava ainda uma queimadura na mão e foi levado ao Hospital Walfredo Gurgel para saber se tem alguma fratura no corpo com o impacto da queda.
Juizado aguarda laudo
O 3º secretário coordenador do Juízado Especial Cível e Criminal, Agenor Fernandes, disse que vai aguardar o laudo da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) sobre o caso para o órgão se posicionar, já que existe várias possibilidades para a causa do acidente. "Vamos esperar o laudo para apontar a responsabilidade do ocorrido. É muito prematuro ainda sabermos o que aconteceu e se realmente o trabalhador estava com os equipamentos recomendados pela empresa terceirizada", questionou.
Sobre a lateral do prédio em questão apresentar alguns fios soltos perto de janelas ser um dos motivos, o secretário disse não saber sem o laudo se esse seria o motivo real do acidente.
Já o responsável pela fiscalização das condições de trabalho e perícia da DRT, que não quis se identificar, estava verificando as condições dos equipamentos dos trabalhadores e do local em que estavam realizando o serviço, motivo que se limitou a dizer que o resultado da perícia sairá em 30 dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário