As dores na orelha esquerda são sequelas de um choque que o estudante Reynaldo Francisco de Senna, de 16 anos, levou no último sábado (25) em . Ele usava fones de ouvido e curtia músicas em casa, no computador, quando recebeu a descarga elétrica.
"Lembro que tirei um dos lados do fone e, quando fui tirar o outro, a visão retorceu e eu apaguei. Acordei minutos depois, já na cama, com a orelha esquerda ardendo e cheirando a fio queimado", relata o estudante. No dia do incidente, havia uma tempestade se aproximando do bairro Chácara dos Poderes, onde o adolescente mora com os avós. Ele afirma que as quedas de raios são bastante comuns na região.
Reynaldo foi socorrido por familiares e levado ao posto de saúde, onde recebeu os primeiros socorros. Ele conta que, após o choque, sentiu-se assustado e agitado. Na unidade de saúde, a pressão arterial aferida chegou a 22 por 10. "Disseram que eram efeitos normais de um choque como esse, pois a eletricidade atravessa o corpo e pode levar à arritmia ou até mesmo parada cardíaca", explica Ricardo. Nas horas seguintes, o estudante ainda sentia tonturas, dores de cabeça e ardência na orelha.
O procurou um especialista para falar sobre os riscos a que o adolescente foi exposto com a descarga elétrica no ouvido. Para o otorrinolaringologista Renato Martins, as consequências para a saúde são proporcionais ao nível de intensidade da corrente elétrica à qual o jovem foi submetido.
"Há situações em que o choque não causa nenhum efeito, se a corrente for leve e ocorrer em um curto espaço de tempo. Mas, dependendo da intensidade, podem restar zumbidos ou lesões no ouvido médio, se o fone serviu como condutor da eletricidade", comenta. Apesar do risco, o médico diz que a situação não deve ser motivo para pânico entre aqueles que ouvem músicas com fones de ouvido.
Reynaldo diz que é a terceira vez que leva choque em casa. Em nenhuma das ocasiões ele usava chinelos ou tênis. E foi essa a principal recomendação do médico que o atendeu no posto de saúde: andar sempre com calçados, mesmo dentro de casa. "Não gosto muito, mas tenho de usar chinelo a toda hora. E agora quero comprar um home theater, para deixar os alto-falantes bem longe", completa.
Fonte: Portal MS 1/3
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