Uma professora de 51 anos faleceu devido choque elétrico causado pela queda de um fio de alta tensão da rede pública de energia, no Bairro Recanto Azul, em Rondon do Pará. Valdice Oliveira se preparava para tomar banho quando resolveu abrir o portão da sua casa para verificar o que estava acontecendo. Descalça, ao abrir o portão, caiu devido choque elétrico provocado pelo fio e não se levantou mais. Populares que estavam na frente da casa observando o curto-circuito da fiação chegaram a gritar para que ela não abrisse o portão, mas não se sabe se ela não chegou a ouvir ou se a curiosidade foi maior.
O curto-circuito aconteceu provavelmente em decorrência dos ventos que balançaram os galhos da mangueira que fica no terreno da casa de Valdice. Havia semanas que não chovia em Rondon e a chuva que veio para trazer um pouco de refresco ao clima, acabou por causar esta tragédia.
Graciano Gonçalves Torres, ex-vizinho da vítima, foi quem tentou acudir no primeiro momento. “Eu pulei por cima do fio e peguei nela, quando eu peguei eu tomei choque, ai tinha um rapaz ali, eu gritei e, o rapaz veio e pulou e arrastamos ela até ali”, disse.
“Ainda estava dando choque e começamos a titubear. Aí nós soltamos ela. Então viemos de novo e triscamos nela para ver se estava dando choque, ainda estava mas era fraco. O menino querendo vir, e eu ‘aguentando’ o menino lá para ele não vir” relata Graciano. O menino a que ele se refere é filho de Valdice, que assistiu a todo o drama. Com lágrimas nos olhos Graciano diz “tentei salvar, mas não deu”.
Um dos funcionários da empresa Dínamo, que estava no local religando a energia e podando a mangueira, informou que a fiação que vitimou Valdice é de 13.800 volts.
Pessoas no local informaram que um dos maiores problemas, e que talvez tenha custado a vida de Valdice, foi a dificuldade em realizar ligação telefônica usando celular para acionar o socorro. Segundo relatos, as pessoas tentavam telefonar para o SAMU, para a Celpa e para a polícia mas só conseguiram depois de diversas tentativas, as ligações iam para a caixa postal e às vezes uma gravação informa que o número não existe.
Fonte: Diário do Pará 03/09
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