O que era pra ser um passeio tranquilo em família acabou se tornando um grande susto para a família de Angino Alves da Silva. Ele registrou na manhã desta segunda-feira (25) um boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil de Brusque, alegando que ao levar sua filha até o Parque Municipal Leopoldo Moritz, mais conhecido como Parque da Caixa D’água, a menina se encostou em um cabo, o qual sustenta a ponte, e levou choque.
O pai ainda relatou à reportagem da Rádio Cidade que a criança usou uma das mãos ao se encostar no fio energizado. “Ela levou um choque, ficou grudada, chegou a queimar a mão dela. Aí minha esposa foi tentar tirar ela, também levou o choque”. Silva diz que a menina agora está sendo medicada e que registrou o documento junto à PC para evitar que coisas piores aconteçam com outras pessoas.
QUEM É O RESPONSÁVEL?
Angino diz ter ido até a Prefeitura de Brusque e que lá descobriu ser o órgão responsável por manter o Parque. “Eles não podem nem liberar o público e ‘tava’ liberado pra todo mundo andar lá dentro. Eles [falaram que] iam procurar o responsável pela obra pra tomar as devidas providências”.
A reportagem ainda procurou o diretor do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) para falar sobre o assunto. Artur Antunes Pereira disse que o parque deveria estar totalmente interditado, devido às obras que lá ocorrem. Porém, como funciona uma lanchonete no parque, há uma resistência do próprio proprietário do estabelecimento, o que acabou levando ao não fechamento do parque.
“Colocamos alguns tapumes, fechamos aquele espaço. Até o momento em que nós fomos chamados pela justiça e fomos impedidos de fechar o parque”, afirmou ele, alegando que logo depois foi recebido um termo de audiência no qual foi concedido o relaxamento do parque, o que permitiu o uso dos tapumes a fim de evitar que os visitantes transpusessem os objetos.
De acordo com o diretor do DGI, um dos compromissos que o estabelecimento tem é de não permitir que os clientes passassem para o parque. “Ele nunca levou, possivelmente, da forma como que tinha que levar. Tanto é que, infelizmente, no dia de ontem, essa menor acabou atravessando o tapume e levou o choque. Toda a parte do parque que está em reforma ela está isolada”, comenta Pereira.
Havia uma placa sinalizando a interdição, segundo ele, o que foi predito pela justiça a remoção dela, com a justificativa de “a placa estava afugentando os clientes”.
A reforma que foi iniciada é de responsabilidade da Prefeitura, mas a manutenção, enquanto ainda estiver um ambiente comercial privado, não é mesma. “E a justiça não nos dá direito de tomar como público um espaço que, de fato, é público”.
quanto ao caso registrado de Angino, o diretor ainda disse que será feito aquilo que está ao alcance do município. “Nós vamos juntar, se possível, esse BO relatar o ocorrido, e nós vamos peticionar à justiça. Basicamente vamos dizer aquilo que já alegamos. No dia da audiência, levei fotos e eu sustentei todo momento que não tenho como fazer uma reforma num parque como esse se a visitação está aberta”, explica Pereira.
FISCALIZAÇÃO
Os tapumes que foram colocados no Parque servem para impedir a presença de visitantes, seja adulto ou criança. Há apenas um portão, que dá acesso aos animais do proprietário da lanchonete. “O que ocorre é que ele não está fazendo, conforme o que aconteceu, uso desse portão para alimentar os seus animais, ele está liberando para as pessoas entrarem no parque”. Ele ainda afirmou que ou as pessoas entraram por esse acesso restrito, ou pularam os tapumes, o que seria difícil pela altura.
Artur diz que ainda na tarde desta segunda-feira será feito um contato com o dono do comércio para tentar entrar em um acordo. Além de tentar, por meio da justiça, conscientizar que não há possibilidades do parque estar aberto. “A gente lamenta muito o ocorrido, e lamentamos mais ainda porque, infelizmente, a gente fez tudo que podíamos para impedir que coisas como essa acontecesse”.
Fonte: Radio Cidade AM 26/08
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