Um menino de apenas 1 ano de idade morreu carbonizado, ontem de madrugada,10/07 em incêndio que destruiu totalmente a residência onde a criança morava, na Vila Bela. Outras seis pessoas que viviam no local conseguiram escapar. Além da morte da criança, uma adolescente de 16 anos sofreu queimaduras no rosto, braço e costas.
As chamas consumiram totalmente, em questão de minutos, a moradia de madeira onde morava a família. A criança, Pablo Leonardo Dal Pozzo Barbosa, dormia num colchão no chão, segundo familiares, no momento em que o fogo teve início. De acordo com relatos de parentes colhidos pela Polícia Militar e apresentados em boletim de ocorrência, o incêndio teria começado a partir do curto-circuito de um abajur.
Assim que o fogo tomou proporções assustadoras, os ocupantes da casa rapidamente saíram, sem conseguir, entretanto, salvar o menino. No momento do incêndio, estavam na casa Silmara Aparecida do Amaral, de 40 anos, uma adolescente de 17, mãe do garoto, outra jovem de 16 anos, que sofreu algumas queimaduras pelo corpo, além do menino.
Outro morador, pai do menino, de acordo com uma familiar que foi até os escombros da moradia destruída no início da tarde de ontem, escapou do incêndio porque havia saído para comprar lanche para as crianças. No local, não sobrou praticamente nada. Móveis e eletrodomésticos também foram totalmente consumidos pelo fogo.
“A casa pegou fogo por volta de uma hora da manhã. Elas (ocupantes do imóvel no momento do acidente) tentaram pedir ajuda, mas não conseguiram salvar o menino que estava no colchão”, relata a familiar que, muito consternada, pediu para ter a identidade preservada. Em meio a brinquedos destruídos junto à lembrança do próprio chá de bebê do garoto, ela lamenta a fatalidade. “O fogo acabou com tudo, infelizmente a casa era de madeira e foi incendiada muito rápido”, comenta.
Alta combustão
Apesar de mortes em moradias em chamas serem raras ultimamente na cidade ou região, não é incomum o fogo, às vezes em grandes proporções, em casas de madeira. No final do ano passado, cinco imóveis construídos com esse tipo de material foram consumidos pelas chamas no período de apenas uma semana. Num dos casos, uma família chegou a ser desabrigada. Na ocasião, o coordenador da Defesa Civil em Bauru, Álvaro de Brito, comentou sobre os riscos e alto potencial de combustão verificado nesse tipo de estrutura. “Geralmente, a edificação fica exposta a um calor de 500 graus”, analisou, na ocasião.
A maioria dos casos, alertam Bombeiros e Defesa Civil, pode estar relacionada a curto-circuitos, como a provável causa do incêndio que resultou na morte da criança ontem de madrugada. O problema, orientava ao final do ano passado o tenente Cláudio Augusto Antunes da Silva, resulta, em muitos casos, da inadequação da fiação elétrica do imóvel.
“A fiação pode ser muito antiga, por exemplo, e se não passar por manutenção periódica, pode ir se desgastando. Os plásticos que cobrem os fios acabam se desmanchando e aumentando o risco do curto-circuito acontecer”, explicou o oficial em novembro do ano passado. De acordo com ele, fiação antiga não protege uma moradia, pois não dá conta do consumo dos aparelhos atuais. “Equipamentos mais modernos, que necessitam de mais energia, podem provocar uma sobrecarga e causar um curto-circuito”, alertava o bombeiro. Já o coordenador da Defesa Civil, na mesma ocasião, dizia que a carga elétrica deve sempre ser projetada conforme o porte da casa. É importante readequar a fiação e providenciar disjuntores. Emendas nos fios ou cabos encapados de forma irregular prejudicam toda a rede elétrica da casa e contribuem para causar curto-circuitos”, dizia.
Tragédia
Entretanto, o mais grave ocorreu ontem, com a morte do garoto de apenas 1 ano após um provável curto-circuito numa luminária. O corpo da criança foi velado entre a manhã e tarde de ontem e sepultado às 16h. A menina que sofreu queimaduras, segundo a mesma familiar que esteve na casa destruída, foi medicada e liberada em seguida.
Fonte:Jornal da Cidade de Bauru
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