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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Incêndio em prédio de luxo na Capital expõe falhas que arriscam a vida dos moradores

Diversas irregularidades foram constatadas pelo Corpo de Bombeiros durante o incêndio que ocorreu na noite de quinta-feira (14), no Condomínio Jardins do Jatobá, área nobre de Campo Grande, informou o comandante do Corpo de Bombeiros, Ociel Ortiz Elias.

Um apartamento do 17° lugar de uma das torres do residencial foi incendiado por conta de um problema elétrico no aparelho do ar condicionado. Parte do local ficou totalmente destruído. O prédio de luxo, construído pela Plaenge, fica na Avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande.

Apesar da agilidade do Corpo de Bombeiros, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e PM (Polícia Militar) para isolar o local e minimizar o pânico dos moradores, os socorristas tiveram um atraso para apagar o incêndio.

“O registro do reservatório que abastece os hidrantes e mangueiras de incêndio estavam fechados, o que é irregular. O descuido provocou atraso de pelo menos três minutos no trabalho dos militares. Tempo que é ‘considerável’ em relação a uma situação sem controle, como um incêndio inesperado”, explicou o comandante em entrevista ao Correio do Estado.

Ele explica que toda construção de grande porte é obrigada a manter uma caixa d’água específica para o sistema de combate aos incêndios e o registro não pode ser mantido fechado, como no caso do Condomínio Jardins do Jatobá. Por conta deste risco, a administração do local vai receber uma notificação.

Além disso, o sistema de segurança do residencial não foi renovado. O Alvará de Prevenção a Combate a Incêndio e Pânico deve estar em dia, para isso uma equipe específica do Corpo de Bombeiros deve fazer uma fiscalização no local, para assegurar que todas as medidas estão sendo feitas. Medida considerada padrão, que não foi respeitada.

Equipes da Perícia Técnica estiveram no local esta semana para fazer imagens do local, após o incêndio. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial da Capital e deve ser investigado para saber de quem foi a responsabilidade em “atrasar” o serviço do Corpo de Bombeiros, que tiveram que procurar pelo registro, uma vez que os funcionários do condomínio também não tinham conhecimento.

Caso

No dia do fato, as chamas começaram com um curtocircuito no ar condicionado de um dos apartamentos. O fogo logo se espalhou e assustou os vizinhos, que desceram às pressas enquanto militares subiam para conter as chamas.

Testemunhas relataram que muita fumaça saía pelas janelas do apartamento atingido. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O apartamento onde as chamas começaram a se propagar ficou parcialmente destruído.

Para apagar o fogo, os bombeiros colocaram pressão na rede de hidrantes do próprio condomínio. Após controlarem as chamas em pouco mais de 15 minutos, foi feito ‘rescaldo’ do local para evitar que novos focos de incêndio surjam.

Com o incidente, o trânsito na Avenida Afonso Pena, no sentido centro-shopping, ficou fechado. Uma longa fila de carros se formou e causou lentidão nos dois sentidos da principal Avenida de Campo Grande.
Fonte:Midiamax

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