A dona de casa Michele Fabrício da Silva, de 24 anos, grávida de quatro meses, que sofreu queimaduras ao tentar salvar o filho de dois anos e a irmã de criação, que morreram após um choque elétrico, no último dia 19, na zona rural do município de Rodrigues Alves (AC), passou um procedimento nesta segunda-feira (24).
A cirurgia foi realizada na mão esquerda, onde ela sofreu queimaduras de terceiro grau. O "desbridamento", que consiste na retirada de tecido morto, foi realizado na Maternidade de Cruzeiro do Sul (AC), onde Michele se encontra internada desde o dia do Acidente.
De acordo com o gerente de Enfermagem da maternidade, Fernando Rossi, após o cirurgião avaliar as lesões que Michele teve com a descarga elétrica ele resolveu fazer a cirurgia. "Ela tem uma lesão no antebraço esquerdo e na mão direita, o cirurgião, então, decidiu fazer o desbridamento para facilitar o processo de cicatrização".
Ainda segundo a direção da maternidade, apesar dos ferimentos que Michele sofreu, o maior trauma da mulher é psicológico. “Ela chegou aqui em estado de choque, mas agora já consegue caminhar, mesmo com ajuda, e já se alimenta sozinha. O maior trauma da Michele hoje é psicológico, por isso, nossa psicóloga está diariamente fazendo o acompanhamento necessário”, afirma Rossi.
Michele, que mora na comunidade Praia da Amizade, zona rural de Rodrigues Alves, mesmo grávida, tentou salvar o filho de dois anos que morreu eletrocutado ao tocar uma fiação elétrica que ligava uma bomba d’água utilizada para irrigar hortaliças. A jovem Valéria dos Santos Lima, de 17 anos, tia da criança, também tentou salvá-la e morreu eletrocutada.O gerente da maternidade acrescentou que ainda não é possível avaliar se o feto vai ficar com sequelas, devido à descarga elétrica que a mãe pegou. "O feto, apesar de novo, apresenta batimentos cardíacos com vitalidade e está muito bem. Por enquanto, não é possível avaliar se ele terá anomalias", explica Rossi.
Segundo a direção da maternidade, Michele Fabrício, ficará em observação durante 48 horas após o procedimento cirúrgico e por enquanto, não há previsão de alta.
Fonte: G1 Acre 24/11
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