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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Menino morre eletrocutado enquanto tentava recuperar pipa

Um garoto de 12 anos, que morreu eletrocutado, foi encontrado nesta quarta-feira, no Cachoeirinha, em Guarujá. A criança estava desaparecida desde segunda-feira. A suspeita da polícia é de que ele tenha morrido enquanto empinava uma pipa.
Segundo informações da PM, o garoto foi encontrado morto na laje de um imóvel vizinho à casa onde morava. Uma pipa que estava enroscada em cabos de alta tensão estava próxima ao corpo do menino.
De acordo com informações da polícia, um morador do imóvel teria autorizado o garoto a subir na laje para pegar uma pipa que havia caído no local. O Instituto Médico Legal (IML) de Guarujá confirmou que o menino morreu eletrocutado.

Cuidados
Devido às férias escolares em julho, a CPFL Piratininga alerta para o aumento de ocorrências na rede elétrica provocada pelas pipas. Em Santos, em 2011, foram registradas 90 ocorrências, nas quais 9.684 mil unidades consumidoras ficaram sem energia por causa do uso impróprio do brinquedo. Em 2012, até maio, já aconteceram 42 casos, com interrupção no fornecimento para mais de 4 mil clientes.
Um brinquedo pequeno, de aparência inofensiva, pode se transformar num grande vilão se utilizado de forma inadequada, provocando acidentes e desligamentos. Muitas pipas ficam enroscadas nos fios e continuam provocando interrupções nos meses seguintes. Isso ocorre porque a linha, enrolada nos cabos elétricos, se torna boa condutora de energia quando chove.
Além disso, o uso do cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da chamada “linha chilena” deve ser evitado. No Estado de São Paulo é considerado crime utilizar cerol, e sua formulação pode conter limalha de ferro, que pode provocar curtos-circuitos e choques elétricos.
O ideal é soltar pipas longe da rede elétrica. Se acontecer de o brinquedo ficar preso na rede, a melhor coisa a fazer é dá-lo como perdido. A tentativa de recuperação pode provocar acidentes de grandes proporções, inclusive com vítimas, além de interrupções no fornecimento de energia.
Os acidentes provocados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados, como brincar somente em praças ou campos, onde não existam condutores elétricos nas proximidades.

Confira algumas dicas:
- Pipas devem ser empinadas longe de rede elétrica e de preferência em espaços abertos como praças, parques e campos de futebol. Isso evita interferências na qualidade do fornecimento de energia elétrica, serviço telefônicos e em antenas;
- A utilização de “rabiolas” deve ser evitada, pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques;
- Utilizar papel alumínio na confecção da pipa é perigoso, pois este material, em contato com os fios, provoca curtos-circuitos.
- Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Subir em telhados ou postes para recuperá-las representa risco de choque, assim como tentar removê-las com canos ou bambus.
- Não é indicado soltar pipas na chuva. Ela funciona como pára-raio, conduzindo energia;
- Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;
- Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum, pois podem provocar choques elétricos;
- É necessário ter cuidado com ciclistas e motociclistas. Acidentes acontecem porque as linhas não podem ser vistas;
- O uso do cerol ou da linha chilena é proibido por lei e pode matar.
Fonte: Jornal a Tribuna 11/07

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