Levantamento divulgado pelo Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), aponta que 75 pessoas morreram no país ao longo do ano de 2008 vítimas de descargas elétricas. O número supera em 59,57% a quantidade de mortos por raios registrada em 2007, que teve 47 ocorrências.
As 75 mortes de 2008 por raios é o maior número já registrado até agora em um único ano. Até então o ano que registrou o maior número de mortos em decorrência de raios foi o de 2001, quando 73 perderam suas vidas.
Pelos dados apresentados pelo Elat, os homens estão predominantemente na mira dos raios: 76% são do sexo masculino.
A maior incidência de mortes em 2008 ocorreu no verão, que registrou 61%, seguido da primavera, com 23% dos casos. Em 83% dos casos as vítimas foram atingidas quando estavam ao ar livre.
Em todo ano de 2008 foram registrados um total de cerca de 60 milhões de raios, em sua maioria atingindo as regiões Norte e Nordeste. Segundo informativo do Elat, a previsão é que 2009 mantenha a mesma quantidade de descargas elétricas.
Apesar de as regiões Norte e Nordeste do país concentrarem a maior incidência de descargas elétricas, é no Sudeste, mais especificamente em São Paulo, que os raios fizeram mais vítimas em 2008 --foram 20 no Estado de São Paulo, seguido por Ceará (7), Minas Gerais e Alagoas (6) e Rio grande do Sul (5).
Aqueles que estão mais vulneráveis às descargas elétricas são adultos do sexo masculino que trabalham no campo (30% do total, ou 22 mortes do total).
Uma curiosidade é que pelo menos 12 pessoas (17% do total) morreram em 2008 dentro de suas casas. Elas estavam próximas a objetos ligados a rede elétrica. Ao menos outras 9 pessoas (12% do total) que estavam perto de suas casas --mas não dentro delas-- foram atingidas. Outras 12 (17%) estavam perto de veículos.
Dois dados do Elat chamam atenção: o primeiro é que em 4% do total das mortes registradas em 2008 por raios as pessoas falavam ao celular enquanto eles estavam sendo recarregados; outro é que em 5% dos casos os atingidos jogavam futebol em campos.
Segundo os dados do Inpe, é muito mais fácil alguém ser atingido por um raio do que ganhar na Mega-Sena, por exemplo.
Em média, em 2008, a chance de alguém ser atingido por um raio no país foi de 1 em 2,5 milhões. Um apostador que preenche as seis dezenas da Mega-Sena tem probabilidade de 1 em 50 milhões, segundo a Caixa.
Os picos ocorrem em Alagoas e Tocantins --nestes Estados as chances são bem maiores, de 1 em cada 500 mil-- e no Rio, Bahia e Pará as chances são de 1 em 7,5 milhões. Em São Paulo a probabilidade é de 1 em 2 milhões.
Fonte: a Folha Online
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